quarta-feira, 3 de outubro de 2007

O papel das narrativas e da memória versus diagnóstico exógeno



Confrontadas com a perda de memória as comunidades imigrantes perdem liberdade de agir. São possíveis duas pistas de acção que se complementam, uma de inventariação e fixação das memórias através das histórias dos sujeitos e das comunidades (a este propósito vidé o inventário de histórias que estamos fazendo no À Bolina). Outra a da narrativa das palavras e actos relevantes. Uma como outra são uma resistência à erosão do tempo uma fonte de inspiração para acções futuras, sendo esta uma das funções da Polis como espaço público. Ao mesmo tempo são o processo segundo o qual se revela a identidade do actor a qual só se efectiva plenamente à posteriori, a partir da narrativa socialmente aceite sobre o actor e a sua individualidade. Contar a história dá significação à acção quer para os actores quer para os espectadores. A construçao da memória e das narrativas assume-se como um processo endógeno que sustenta a acção em oposição ao diagnóstico como processo exógeno que sustenta, quase sempre, vínculos e relações instrumentais em intervenções deste tipo. De que maneira é que a criação de arquivos digitais, universalmente acessíveis, amplifica estas acções?

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